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Fazer autoexame no banho é melhor, diz enfermeira

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Em caso de dúvidas o autoexame de mama deve ser feito rotineiramente (Foto: Daiana Verdério)

Em caso de dúvidas o autoexame de mama deve ser feito rotineiramente (Foto: Daiana Verdério)

Mulheres são vaidosas por natureza. Sexo frágil e às vezes incontrolável. Sempre valorizando aquilo que têm com grande autoestima e feminilidade. Fortes por fora, mas por dentro sensíveis. Quando o assunto é beleza, fazem o possível para aderir com zelo. Corpo, pele, cabelos, unhas tudo tem que ter o devido cuidado.

Compreendido em quase todo lugar do mundo, outubro é conhecido como o mês de conscientização do câncer de mama. Nunca é demais cuidar de si próprio. Pelo contrário, é essencial. Mas às vezes, esquecer de fazer o exame de mamografia pode levar a consequências mais drásticas, como a perda da mama ou na própria vida.

Já estamos em novembro e é necessário que a mulher seja estimulada a procurar um médico sempre que tiver dúvidas a respeito, não apenas no mês dedicado às campanhas contra o câncer de mama. Mulheres de todas as idades precisam estar cientes dos sinais e riscos da doença e, o mais importante, não ter vergonha.

A enfermeira Marislei de Fátima Delarrosa, 53 anos, explica a importância dos primeiros cuidados feitos em casa. “A qualquer hora do dia é bom fazer o autoexame, mas o melhor é depois que encerra o ciclo de menstruação da mulher. Após uma semana do término, as glândulas mamárias geralmente estão mais altas. Uma dica interessante é realizá-lo durante o banho, passando o sabonete nos seios é mais fácil de sentir algo.”

Mulheres de todas as idades precisam estar cientes dos sinais e riscos

A psicóloga Gilcinéia Rose da Silva Santos, 50 anos, ressalta a importância do acompanhamento durante o tratamento, para melhores resultados. “A doença implica várias perdas, tanto para o paciente quanto para os familiares. O psicólogo clínico, acompanhará o paciente na elaboração desse luto da parte do corpo retirada e a possibilidade de valorização de outros atributos físicos e emocionais do paciente”.

Um exemplo de superação na luta contra a doença é o da médica Gabriela Aquim Yamane, 34 anos, diagnosticada com câncer de mama aos 30. “Descobri a doença após um exame de ultrassom pedido pela minha ginecologista. Nunca havia feito exame de mama, mas através das campanhas do Outubro Rosa, senti que deveria fazer”. Segundo ela, a reação foi de desespero, pois não sabia em qual estágio estava a doença, nem como seria o tratamento. “Inicialmente pensei nos efeitos colaterais, no medo de perder o cabelo e, principalmente, em perder a mama”. No início, ela achou que seria muito difícil conciliar o tratamento com a vida normal. “Com o tempo, tive suporte da família, amigos e, principalmente de Deus. Percebi que isso seria possível, sim, e quando me dei conta, estava superando as dificuldades e vencendo cada uma dessas etapas com uma força que nem você imagina que tem.”

Gabriela deixa um recado para as mulheres que ainda estão na luta contra a doença: “Na vida temos que fazer escolhas e diante de um diagnóstico desses você não tem muitas opções: ou você desiste ou escolhe lutar. Junte todas as suas forças e reúna todos os seus suportes, sejam eles humanos ou espirituais, que tudo isso vai passar”.

 


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