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Ansiedade: um mal imperceptível na sociedade moderna

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A conexão exagerada que inibe a formação da mente humana (Imagem/ Gabriel Tazinasso)

A conexão exagerada que inibe a formação da mente humana
(Imagem/ Gabriel Tazinasso)

A ansiedade está presente na vida das pessoas e na maioria dos casos, elas não se dão conta do quão prejudicial isso pode se tornar. Em parte, deve-se ao acúmulo de informações superficiais que presenciamos e que, em grande parte, vivenciamos, seja com a internet, televisão ou outros meios de comunicação. Cada um de nós é dono de si (ou deveria ser) e existem maneiras de alterar a rotina e utilizar essa enxurrada de informações de forma correta ou pelo menos tentar amenizar os traumas.

Segundo o escritor, pesquisador e psiquiatra Augusto Cury, a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) é o principal empecilho. No livro “Ansiedade, como enfrentar o mal do Século”, Cury diz que a juventude está em crise por causa da ansiedade, que desencadeia várias outras doenças, entre as quais aquela que 20% da população mundial tem hoje: a depressão. Para o escritor é o último estágio da dor humana.

Em vários anos de pesquisa, Cury pode constatar que provavelmente cerca de 80% dos indivíduos sofrem com a Síndrome do Pensamento Acelerado. “Sem perceber, a sociedade moderna, consumista, rápida e estressante, alterou algo que deveria ser inviolável, o ritmo de construção de pensamentos”. As crianças e adolescentes estão perdendo a capacidade de agradecer, pensar antes de agir, ficam focados em jogos nos smartphones, tablets, passam horas e horas em frente ao computador.

Sem perceber, a sociedade moderna alterou o ritmo da construção de pensamentos

Para Augusto Cury a escola desempenha também forte importância nesse processo, já que ensinar somente raciocínio e pensamento lógico está desencadeando vários transtornos emocionais. “Muitas escolas nas Américas, na Europa, na África e na Ásia podem formar técnicos com maestria, mas têm um débito enorme na formação de pensadores capazes de desenvolver mentes livres e emoções saudáveis”, diz ele.

É necessário aos pais, ensiná-los a proteger as emoções, dialogar, contar histórias, compartilhar frustrações que tiveram e trabalhar perdas. Será que um pai não tem meia hora para conversar com um filho na semana? Augusto Cury calcula quinze minutos. Parece pouco tempo, mas alguns minutos de conversa com o filho podem valer por anos (isso se for uma conversa de qualidade). Formar um filho que não ficará como espectador no palco da vida é dever de todo pai. É melhor dar instrução aos filhos do que deixar o excesso de estímulos manipular a mente deles.


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