Com apenas uma “picada” e algum tempo de espera qualquer um pode salvar a vida de várias pessoas. A doação de sangue é extremamente importante, nunca sabe quem (e quando) vai precisar de uma transfusão. É por essa razão que as campanhas pela doação de sangue não param. E mesmo com várias ações nesse sentido, os bancos de sangue sofrem com a falta de doadores, principalmente em período de férias. É justamente a época em que aumenta a necessidade de sangue, afirma o diretor de hemonúcleo de Umuarama, (160 km de Maringá) Cláudio Franciscone.
No Brasil, 1,9% da população doa sangue, quando o recomendados pela OMS é 5%
O sangue é o responsável pelo transporte de substâncias pelo corpo e também é encarregado das defesas do organismo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que 5% da população de um país deve doar sangue regularmente para manter os estoques nos hemocentros. No Brasil esse percentual é de 1,9%, segundo o Ministério da Saúde.
Leonardo Lacerda, 18 anos, diz que doou sangue pela primeira vez ano passado, pois precisava de um comprovante sanguíneo para apresentar ao Tiro de Guerra. Para ele, o gesto lhe causou sensação muito boa. “Como eu tenho medo disso [agulhas] não foi fácil para mim, mas depois de ter doado, foi gratificante”. Lacerda afirma que doaria mais uma vez. “Doaria sim, com medo, mas doaria.”
Não foi fácil para mim, mas depois de ter doado a sensação foi gratificante
Não só ele superou o medo das agulhas para ajudar os outros. Lucimar Oliveira Ferreira, 36, diz ter “pavor”, mas que é só não olhar para o braço. “Meu marido me incentivou. Ele também é doador e me convenceu do quanto é importante o ato, e não custa nada.” Lucimar diz que, agora, doa frequentemente e ao todo já doou cinco vezes. Ela até tem carteirinha de doadora.

Barucci tem sangue “O negativo”, um tipo raro
(foto: Letícia Rahal)
A história de Paulo Roberto Barucci, 48 anos, é um pouco diferente. Ele diz que doou sangue pela primeira vez quando o pai estava prestes a fazer uma cirurgia. Depois disso, passou a doar toda vez que o banco de sangue precisava. Barucci tem sangue “O negativo”, um tipo raro. Por isso, o hemocentro local liga para ele toda vez que esse tipo de sangue está em falta. Ele conta que a última doação foi na semana passada.